domingo, 19 de dezembro de 2010

Resenha Crítica do Filme "Daens: Um grito de Justiça"

Referência: Filme Daens, Um grito de Justiça. Autores (roteiristas): Louis Paul Boon e François Chevallier. Dirigido por Stijn Coninx, 1993.

         O filme se passa em Aalst, na Bélgica, no século XIX. Quando acontecem as primeiras rebeliões trabalhistas por melhorias no processo de trabalho. Nessa época a classe operária não dispunha de leis ou benefícios, que os auxiliasse. Eram explorados desumanamente pelos burgueses, que só queriam retirar deles toda força de trabalho possível, sem se importar com sua qualidade de vida, ou mesmo sua saúde.
        O filme mostra  as péssimas condições de trabalho dentro da industria, e a miséria vivida pelos operários. Empregavam crianças e mulheres, com a intenção de pagar salários bem inferiores aos dos homens,as mulheres continuavam trabalhando até o nono mês de gravidez, e os trabalhadores eram submetidos a cargas horárias exauríveis.     
       Era normal acidentes de trabalho, principalmente envolvendo crianças. Eram constantemente ameaçados de serem dispensados do trabalho,pois possuíam menos valor do que as máquinas que operavam. Constantemente pagavam multas absurdas e injustas que eram descontadas de seus salários, já pequenos.
          Pelo fato de na Bélgica, predominarem dois idiomas, no norte falam holandês e no sul francês. Dificultava ainda mais o processo de unificação desses trabalhadores. Já que não havia uma única língua que todos entendessem.
         Quando o padre Daens chega a cidade,esse que já havia arrumado problemas com muita gente durante seus nove anos de ministério, procura tranformar a conciência dos trabalhadores locais que estavam totalmente sujeitos aos desmandos da burguesia. A começar pelo Jornal católico que usou para alertar os operários da real situação,ofendendo assim os interesses da classe dominante. Essa que estava sempre arrumando meios de lucrar mais e mais em cima do proletariado, diminuindo os salários e se justificando coms argumentos do tipo: eles gastavam parte deste com bebida e etc.
           O padre Daens, ao contrário da maioria dos outros padres, procura desenvolver um certo nível de relacionamento com a classe mais pobre, que se  surpreendiam com a atitude. O que mostra a negligência da igreja com a pobreza nessa época. Pregavam que se havia desigualdades sociais na terra, é porque era da vontade de Deus que houvessem.  Demonstrando-nos a alienação imposta pela igreja a essas pessoas.
          Porém Daens começa a defender o sufrágio universal, em lugar do censitário.Inclusive pregando na igreja a esse respeito, mesmo contra a vontade de seus superiores. A elite não aceitou as ideias do padre assim tão facilmente, e a repressão foi conseqüência. Todavia, a lei que regulamentava o voto universal foi aprovada.
           Então o padre Daens se candidata a deputado, sem o apaio da igreja católica, no intuito de defender os interesses dos trabalhadores instruindo a população e principalmente os analfabetos a usarem o poder do seu voto para garantir melhorias de vida. E consegue ser eleito. A repressão da própria igreja catolica chega ao cúmulo de lhe tirar a batina, porém Daens continua na luta pelos direitos absurdamente negados aos trabalhadores.
           O filme relata a luta pela justiça Social, utilizando o voto universal como a forma de tomar decisões mais democráticas a nível de país.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Referência Bibliográfica: SEVERIANO, Antônio Joaquim. O método como caminho do conhecimento científico In METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO. 23ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2007

FICHAMENTO

 Idéia Principal: O método científico é o caminho para validar o conhecimento. É feito por etapas, sendo elas a observação, formação de uma hipótese, se está for confirmada torna-se lei, o conjunto dessas leis forma uma Teoria

 Palavras-Chave: Ciência; Método, Técnica

·                     “Quando observamos a prática científica concreta, o que nos parece de forma mais evidente é a aplicação de caráter operacional  técnico.” (p. 100)
·                    “Mas todo esse sofisticado arsenal de técnicas não é usado aleatoriamente. Ao contrário, ele segue um cuidadoso plano de utilização, ou seja, ele cumpre um roteiro preciso, ele se dá em função de um método.” (p. 100)
·                    “ A ciência utiliza-se de um método que lhe é próprio, o método científico.”    (p. 102)
·                    Trata-se de um conjunto de procedimentos lógicos e de técnicas operacionais que permitem o acesso as relações causais constantes sobre o fenômeno.”        (p. 102)
·                    “(... a primeira atividade do cientista é a observação dos fatos.” (p. 102)
·                    “O problema se formula então com a questão pela causa dos fenômenos observados, qual a relação causal entre eles. Ai entra em ação novamente o poder lógico da razão: a razão, com sua criatividade, formula a hipótese, ou seja, propõe uma determinada explicação causal como explicação.” (p. 103)
·                    “Formulada a hipótese o cientista volta ao campo experimental para verificá-la.É o momento da verificação experimental, do teste da hipótese. Isolam-se, em condições laboratóriais, as variáveis que se supõem em relação e observa-se o seu comportamento. Se confirmada a hipótese tem-se então a lei.” (p. 103)
·                    “(...Pode ocorrer que várias leis referentes a vários setores de fenômenos têm a possibilidade, de por sua vez, ser unificadas numa lei mais abrangente, que é a teoria.” (p. 103)
·                    “Com esse método, a ciência teve pleno êxito na era moderna. Esse sucesso explicativo foi reforçado pelo seu poder em manipular o mundo mediante a técnica, por cuja formação e desenvolvimento ela é responsável direta. A ciência se legitimou assim por essa sua eficácia operatória, com a qual forneceu aos homens recursos mais elaborados para a sustentação de sua existencia material.” (p. 105)
  
Comentários Finais: O método científico é um conjunto de regras que devem ser seguidas para validar uma relação causal para determinado fenômeno.        
            

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Resenha Crítica do Filme "A Revoluçãos dos Bichos"


RESENHA CRÍTICA

Referência: Filme A Revolução dos bichos, baseado no Livro de mesmo título de George Orwell, dirigido por John Stephenson e lançado em 1999.
    
      O filme relata a tomada do poder pelos bichos, que representavam o proletariado,  das mãos dos humanos, que seriam os burgueses.Se passa em uma fazenda, cujo dono era Senhor Jones, que vivia bebado e maltratava os animais.
            A figura de Lênin, da revolução russa de 1917, é representada pelo porco Major, que plantou a semente da revolução, ao anunciar um sonho que havia tido em que todos os bichos eram iguais e não havia sofrimento. Trotsky é o Bola de Neve, que liderou a revolução mais tarde, e implantou o novo regime, o Animalismo, fazendo referência ao Socialismo. Os animais estavam felizes, plantavam e colhiam, cantavam hinos e criaram um código. Eram sete mandamentos que resumiam o Animalismo.Os seguintes: Quem  ande sob duas patas é inimigo, quem ande sob quatro patas ou tenha asas é amigo, Nenhum animal beberá alcool ou usará roupas, nem dormirá em cama. É proibido que um animal mate outro, pois todos os animais são iguais. E todos participavam das decisões na fazenda.
          Até que foram impedidos por Stalin, no filme representado por um porco de nome Napoleão,que liderou o movimento juntamente com Bola de Neve e com a ajuda de  cães treinados, expulsou o colega da fazenda, pois tinham divergências ideológicas. Alegou a comunidade que Bola de Neve havia traído o movimento e estaria servindo aos humanos. Verdadeiro traidor da Revolução, Napoleão agora liderava, e mudou as ordens  na granja, de forma a criar uma ditadura totalitarista,que privilegiava os porcos, que se julgavam mais inteligentes. O que era ainda pior do que o antigo regime, mesmo que muitos animais não pecebessem isso. Eles não podiam mais opinar sobre as coisas de interesse de todos, somente os porcos agora tinham poder de decisão. Os animais trabalhavam muito mais e recebiam menos alimento. E pouco a pouco Napoleão infringiu todos os sete mandamentos que os animais haviam criado. O mesmo paulatinamente  ia se humanizando (que na lógica do filme seria se tornando mais parecido aos próprios burgueses a quem queriam derrubar no ínicio). Ele dormia em camas, usava roupas, mandou matar animais da fazenda, comercializava com humanos, e até passou a andar com duas patas.
Ocupava agora a casa do Senhor Jones, seu antigo dono, e bebia as suas bebidas.
Napoleão teve a ajuda de Garganta, porco fiel a ele, que convencia os animais de que as atitudes do porco traidor eram para o bem de todos.
         No ínicio a fazenda representava uma sociedade capitalista, em que os animais  que trabalhavam, ou seja os operários, acumulavam riquezas para o patrão, Senhor Jones, e eram os que menos eram benefíciados com aquilo que produziam. Recebiam apenas alimentação, que muitas vezes nem era suficiente.
         Após a revolução, temos o quadro do Socialismo, em que não havia desigualdades sociais, todos participavam das decisões políticas e sociais, a produção era dividida igualmente a todos e a comunidade vivia em hamonia.
         Quando Napoleão (Stalin) trai o movimento, inicia-se o período da ditadura. E a situação fica ainda mais crítica do que quando o Senhor Jones era dono da Granja. Napoleão usava os argumentos altamente persuasivos do colega Garganta para ludibriar os animais, e usava, quando necessário, a força dos cães que criara para intimidar aqueles que tentassem se contrapor as suas regras, torturando e até mesmo matando.
         No final da história os porcos haviam se transformado tal como os humanos, comercializavam com eles, visando o lucro acima de tudo e explorando os demais bichos. Claramente deturparam as idéias da revolução que eram justamente a de não acumulação de capital, e igualdade para todos.
        O burro que sempre fala que a situação nunca vai melhorar, reflete a situação dos operários nesse contexto. Os equinos, Sansão e Quitéria, representam a ingenuidade da classe trabalhadora, que era explorada sem se dar conta do que ocorria.
       A revolução dos bichos é uma analogia a Revolução Russa, e uma crítica ferrenha a Stalin, relatando a situação de miséria da população soviética no período em que este chega ao poder. 

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Resenha Crítica do Filme "O nome da Rosa"

Referência: Filme O Nome da Rosa, baseado no livro de mesmo título do italiano Umberto Eco, e dirigido por Jean-Jacques Annaud que tem como protagonistas Sean Conery e Christian Slater. Foi lançado em 1986.

RESENHA CRÍTICA

          O filme se passa em 1327, quando William de Baskerville, um monge franciscano chega a uma abadia juntamente com o noviço, cuja educação lhe foi confiada, Adso Von Melk. Neste monsteiro beneditino continha, nessa época, a  maior biblioteca cristã do mundo, porém poucos tinham acesso. Ao Chegar, William percebe que há algo de errado. Várias mortes ocorrem, e misteriosamente as vítimas são encontradas com a ponta dos dedos e a língua preta. O monge e o noviço começam a investigar o caso, embora não apoiados pelos demais monges, que acreditavam ser obra de satanás que havia entrado no monsteiro e matados os tais homens. O jovem Adso, se apaixona por uma mendiga, que encontra numa espécie de celeiro.
          No decorrer do filme, percebemos a indguinação do clero com o “riso”, pregando que Jesus nunca sorria, e que o riso era para tolos. A igreja não aceitava e punia severamente, acusados de heresia,aqueles que se contrapossem aos seus dogmas. Por isso, era comum a prática de esconder livros de pensadores antigos que viessem a despertar questionamentos a respeito da igreja e da palavra de Deus.
O filme data da época que ocorreu o Renascimento cultural, movimento que anunciava a valorização do homem em contraste com o divino. É implicito que o monge Willian era influenciado por essas ideias ,visto que soluciona o caso usando muito mais a razão do que a fé.
          Havia um livro escrito por Aristoteles, filósofo grego, que falava justamente sobre o riso. “Discutiremos como a comédia estimula o prazer no ridículo, usando pessoas vulgares e divertindo-se com seus defeitos.” Essa foi a frase lida por William ao encontra-lo. Verifica-se que as vítimas haviam folheado este livro, que estaria com as páginas envenenadas, para que quem conseguisse ter acesso a este, não tivesse tempo de divulgar as ideias nele contidas.
          Porém, antes que William solucione o caso, chega ao Monsteiro o Inquisidor Bernardo Gui, que acusa a mendiga de ser bruxa, e culpada pelos assassinatos, trabalhando para o demônio. Mesmo sabendo que tal denuncia não procede, William se omite pois não se pode contestar o vereticto de um inquisidor, sob pena de ser acusado também de herege. Bernardo Gui, se prepara para a inquisição. No julgamento, Gui convida ao abádi, e William de Baskerville para confirmar sua sentensa, porém o último acaba por contestar a mesma. Afirmando que os acontecimentos tem ligação com um livro envenenado que fora escondido. Sua consideração não foi levada a sério pelos monges, e William pagaria por ter se contraposto ao inquisidor. Porém após os acusados serem retirados do local, ocorre mais uma morte no monsteiro e a vítima também está com a língua e o dedo manchados de preto, provando que William estava certo. Bernardo Gui, nessa ocasião o acusa de ser o verdadeiro assassino. Enquanto inicia-se o ritual da santa inquisição, Wiliam e Adso encontram o Livro de Aristoteles na biblioteca, que está em posse de Jorge de Burgos, o velho bibliotecário cego, o verdadeiro culpado, que incendeia a biblioteca. Apavorados com o fogo, os monges fogem do monsteiro interrompendo assim a inquisição. William e Adso conseguiem se salvar. E quando vão embora Adso ainda encontra a mendiga por quem se apaixonou, viva e a salvo. Porém toma a decisão de seguir sem ela.
          O filme é contado pelo próprio Adso, já velho, e é baseado em fatos verídicos. O filme é claro ao apresentar o proceder da Igreja Católica na Idade Média, privando as pessoas do conhecimento, temendo que isso as levasse a deixar de temer a Deus, e consequentemente a ela própria. E as práticas da fogueira da Santa Inquisição, em que milhares de inocentes foram mortos,por irem contra os princípios estabelecidos pela Igreja.
            O titulo O nome da Rosa, parece-me referir-se a mendiga, cujo nome Adso nunca descobriu. Porém, pode ser também uma analogia ao Livro do Riso de Aristóteles. A ultima frase do Filme pode ser traduzida como “A rosa antiga permanece no nome, nada temos além do nome”, visto que o livro se perdeu no tempo, ou nunca existiu, todivia deixou apenas o seu nome.

Oii pessoas.


Oii pessoas. Sou Luana Telêmaco, muito prazer. :)
Sou estudante de Serviço Social da Uece. Estou cursando o 1º semestre.
Resido em Fortaleza -CE
Na verdade eu resolvi criar um blog para postar meus trabalhos e pesquisas acadêmicas, quem se interessar pela área, e pelos assuntos provavelmente vai gostar. rs
Apesar do foco principal ser esse, eu não vou apenas postar trabalhos acadêmicos, mas também fatos e comentários pessoais a respeito dos eventos que ocorrem na UECE e na minha vida pessoal também.
Sejam bem-vindos, espero que curtam.!
bjos pra vcs..
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